Ouve-se falar muito da tal geração Y, composta por jovens com idades entre 18 e 30 anos, mas poucas análises cuidadosas foram feitas sobre ela até hoje. Agora, porém, as empresas brasileiras Boo-Box e Hello Research lançam um estudo sobre essa fatia da população. Na pesquisa feita com 3427 jovens de todas as classes sociais (A, B, C, D e E), de outubro a novembro de 2011, muitos dados novos e distantes do senso comum foram encontrados.
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Apesar de acreditar-se que a geração Y prezaria pela liberdade e não estaria acostumada a convenções, a pesquisa mostrou que a realidade não é essa. Segundo os dados apurados, 67% dos jovens ainda moram com os pais, mas isso está muito ligado a classe social. Se, na classe A, 84% dos entrevistados vivem com os pais, na classe D, o número cai para 47%.
- A intenção da pesquisa é questionar algumas condutas da geração Y que as pessoas tinham como cristalizadas. Havia muito preconceito e achismo - diz Davi Bertoncello, vicepresidente de planejamento da Hello Research e, com 29 anos, também um representante da geração Y.
Como conta Davi, para descobrir a verdade, foi preciso fazer a pergunta certa.
- Se você perguntar “você gosta de liberdade?”, é claro que a pessoa vai responder “sim”. A pergunta adequada é: “você ainda mora com seus pais?” - explica o executivo. - Analisando os resultados, notamos que o senso comum estava enganado em 11 tópicos.
Na hora de escolher a profissão, o jovem se preocupa mais com a independência econômica do que com a vocação. Para 53%, a escolha do emprego se justifica pela estabilidade econômica, remuneração ou qualidade de vida, enquanto 38% utilizam como critério de escolha a vocação ou realização.
- Descobrimos que, quando confrontados com a realidade, a maior parte dos jovens age de forma parecida com os pais. A estabilidade financeira vem em primeiro lugar e a realização profissional não é sempre o mais importante. Eles acabam optando pelo conforto - comenta Marco Gomes, 25 anos, dono da agência Boo-Box.
Os hábitos dos jovens com relação a internet também foram analisados. O próprio estudo foi todo realizado através da internet, com entrevistas feitas por meio de redes sociais ou anúncios online. Segundo os dados coletados, 79% dos jovens usam Facebook, 71%, o MSN, 65%, o Twitter e 44%, o Orkut. O tempo de navegação é de, em média, 31 horas por semana. Em sua maioria, os usuários das classes A, B e C acessam a internet em casa (74%). Já entre as classes D e E, ir a LAN houses ainda é a forma mais utilizada de acesso ao computador.
Os jovens também não parecem muito interessados em se movimentar para adquirir cultura. Enquanto 61% deles buscam vídeos e sites de humor na internet, apenas 21% vai a centros culturais, museus ou teatros. Mais da metade dos entrevistados (57%) confessam fazer downloads ilegais com frequência.
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Fonte: O Globo - Megazine
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