Oferecer acesso à cultura e esporte para alunos da Rede Municipal de Ensino e atividade física para a população. Essa é a finalidade do Nace (Núcleo de Arte, Cultura e Esporte), desenvolvido pela Prefeitura de Dourados. O núcleo coordena projetos que oportunizam a inclusão sociocultural através da formação artística e esportiva dos alunos e qualidade de vida para a comunidade.
São pelo menos dois mil alunos que receberam bolsas de estudos e estão frequentando as aulas em escolas especializadas da cidade através dos projetos Palco para todos e Proesporte. A iniciativa contribui com a educação formal, amplia o conhecimento e oferece novas oportunidades. Nos cursos de cultura são 1.160 alunos – a maioria (630) fazendo cursos de dança.
As vagas foram compradas pela prefeitura em academias de dança e ginástica, conservatórios de músicas, escolas de teatro e artes visuais da cidade, distribuídas em modalidades como balé, street dance, violão, guitarra, baixo, contrabaixo, bateria, piano, órgão, teclado, flauta doce, canto coral, teatro e interpretação, desenho artístico, desenho de mangá, arte para crianças, taekwondo, natação, voleibol, karatê, judô, futsal e squash.
SONHO
“É gratificante ver o interesse da comunidade escolar pela iniciativa do prefeito Murilo”, comenta Cláudia Teixeira da Luz Ollé, coordenadora de cultura do Nace.
Para Beatriz Maldonado, mãe de Isabela Pereira, 7, o Nace complementa a educação regular. “Aqui, nas aulas de balé, elas só entram na sala após cumprimentar a professora e da mesma forma na saída. Ela fica bastante animada nos dias do curso, chega da escola já preocupada em se preparar para a aula. A prefeitura oferece toda a estrutura, como uniforme e vale transporte”, diz Beatriz.
E Isabela completa que essa foi a oportunidade de realizar seu sonho. “É muito bom”.
Assim como Isabela, Ana Beatriz também comemora a chance de fazer o curso que sempre desejou. “Gosto muito, sempre sonhei com isso e em um dia me apresentar”, diz a aluna de 8 anos.
Conforme regulamento do projeto, 10% das vagas foram destinadas a alunos com deficiência e 30% foram garantidas, especificamente na área de arte e cultura, aos alunos contemplados com o PAE (Programa de Aceleração do Ensino).
Para as mães, com o Nace elas estão vendo os filhos conquistarem aquilo que sempre quiseram. “Minha filha nunca poderia estudar num curso como esse, pois eu não teria condição de pagar. Este trabalho ainda os incentiva a querer realizar ainda mais o sonho deles”, avalia Márcia de Jesus, mãe de Maria Eduarda, 6.
Os pais já percebem uma mudança, tanto na nota quanto no comportamento dos filhos. “Ela está mais alegre e com disposição. Durante reunião com professoras, percebi que minha filha melhorou bastante o desempenho na sala de aula, pois era bem calada. As notas também estão melhores”, destaca Maria Gracilene, mãe de Maria Eduarda, 8 anos.
A mudança de comportamento aconteceu também nos alunos de teatro. “Aqui a gente acaba perdendo a timidez, aprende a falar mais alto, porque nas atividades temos que um olhar no olho do outro, isso faz com que a vergonha vá embora”, diz Samara Moura, 11 anos.
“Já estou até indo melhor nas aulas de artes. Esse projeto é muito interessante. Antes eu não sabia desenhar agora, faço meus trabalhos”, avalia Guilherme Ayala, estudante de desenho.
Assim como ele, Luiz Fernando Lopes também aprendeu os primeiros riscos durante o curso. “A professora orienta como deve ser feito, e sempre tira nossas dúvidas. Sempre quando vou embora, a primeira coisa que meus pais pedem é para ver meus desenhos”.
PLANOS
A expectativa quanto ao futuro é grande, tanto entre os pais quanto entre os alunos. “Essa iniciativa é fundamental para as crianças. Ninguém fez uma ação como esta. Minha filha está bem animada e até diz que um dia vai dançar para o prefeito ver”, afirma Maria Gracilene. “Isto que é um investimento na cultura”, declara a vendedora Maria Eduarda.
Fonte: O Progresso
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