Vestibulandos ficam entre dinheiro e vocação na hora da escolha
A dúvida na escolha da profissão certa atinge a maioria dos jovens prestes a enfrentar o vestibular. Com intuito de auxiliar na escolha profissional o guia de profissões, da Editora Abril trouxe na edição deste ano algumas carreiras que compõem áreas com carências e progressos para os próximos anos.
Os eventos esportivos, como copa do mundo de 2014 e a Olimpíadas de 2016, que serão sediados no Brasil, além do bom momento da economia, principalmente comparados com outros países mais desenvolvidos, aumentaram a demanda por alguns profissionais. Para quem realmente está em dúvida quanto ao futuro, saber as áreas com alta empregabilidade é um bom começo na hora de decidir que carreira seguir.
O mapeamento do Guia das Profissões foi baseado em estudo realizado pelo Governo Federal dos setores com maiores carências de especialistas. O livro apresenta informações sobre cursos, possibilidade de mercados e depoimentos de alunos e profissionais.
As áreas tratadas são tecnologia da informação e computação, nanotecnologia (que reúne medicina com tecnologia), biotecnologia, robótica, novos materiais, aeronáutica e aeroespacial, energia limpa, infraestrutura, recursos do mar e agricultura.
Porém escolher profissão apenas pelo salário proporcionado pode ser um caminho equivocado. Muitas pessoas já ouviram dois tipos de conselhos no que se refere às escolhas profissionais. O primeiro diz que deve-se fazer aquilo que “dá dinheiro”; o segundo, de que o certo mesmo é fazer o que se gosta.
O fato, porém, é que as opções não são mutuamente excludentes. A orientadora vocacional, Diana de Almeida explica que as orientações em grupos ou individuais buscam mostrar ao vestibulando o caminho que o deixará mais feliz, tentando unir situação financeira com bem estar pessoal. “Em primeiro lugar sempre pensamos para que o aluno se sinta bem e completo, uma carreira em alta hoje pode estar em baixa no futuro, por isso estabilidade financeira e vocação devem andar paralelamente, porém sempre a felicidade em primeiro lugar”, explica.
Visão de futuro é o principal fator
Muitas pesquisas sobre a situação financeira e crescimento futuro das áreas de diversas carreiras realizadas na internet, orientações vocacionais e guias de profissão fazem com que vestibulando escolha a melhor opção juntando vocação com prosperidade econômica.
O estudante Igor César Esteves, 17, ainda está em dúvida entre duas profissões um pouco opostas, medicina ou engenharia aeronáutica. Segundo ele a decisão requer conciliar um ramo que goste com retorno financeiro. “Pesquisei na internet, com professores e em casa com meus pais para escolher a melhor opção que une ambos os fatores”, disse.
Gabriel Vallim Gomes, 17, escolheu a carreira de ciências da computação para seguir devido ao mercado, pois acredita ser um ramo em crescimento com grande futuro em todo o Brasil. “É a profissão do futuro, pois o mercado está carente e cada vez mais exigindo demanda de profissionais”, disse.
A vestibulanda, Letícia Castelani, 17, também acredita que as áreas relacionadas à tecnologia está com carência de profissional e crescendo intensamente a necessidade de alta qualidade de trabalhadores, por isso escolheu prestar engenharia elétrica. “Com a globalização, está crescendo muito as áreas de robótica, tecnologia em geral com muito incentivo do governo”.
Apesar do crescimento de novas outras áreas, consideradas profissões do futuro, as tradicionais ainda lideram o ranking das preferidas dos estudantes, em especial medicina, que muitas pessoas escolhem pela grandiosidade da área, podendo muitas vezes satisfazer o desejo pessoal com estabilidade financeira.
Vanessa Bernardo, 18, irá prestar vestibular para medicina e desde o ano passado se mantêm firme na escolha. “Eu tive sorte, é uma área que eu adoro e normalmente traz muito retorno financeiro”, disse.
Fonte: Jornal Diário de Marília
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