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Blog do Conselho Municipal de Juventude de Dourados/MS. Criado para trazer informação inteligente para a juventude. Troca de experiência, socialização de informações sobre juventude, Políticas Públicas de Juventude, notícias, e oportunidades integram esta ferramenta de informação. Também, divulgar as ações dos Conselhos Municipais de Juventude do MS e dos órgãos gestores de PPJ. Contato: juventudedourados@gmail.com

sábado, 23 de julho de 2011

Marco Aurélio Borges de Paula, presidente do Centro de Pesquisas e Estudos Jurídicos de Mato Grosso do Sul destaca juventude em entrevista no Midiamax

No último dia 21, o presidente do Centro de Pesquisas e Estudos Jurídicos de Mato Grosso do Sul Marco Aurélio Borges de Paula, concedeu entrevista para o jornal Midiamax com o título: "Para o país aproveitar melhor investimento estrangeiro, Dilma deve limitar custeio."

Marco Aurélio abordou importantes temas relacionados ao desenvolvimento social e econômico braisleiro. Destacamos sua referência sobre a juventude, que considera peças fundamentais para este objetivo:

...Midiamax: Em tempos de muitos escândalos no cenário político nacional e regional, como os casos dos cartões corporativos, Anões do Orçamento, Mensalão, Mensalinho, Sanguessugas, Ambulâncias, Uragano, Owari, entre outros, e havendo deputado federal [Sérgio Moraes do PTB-RS] que afirme estar se ‘lixando para a opinião pública’, como poderemos resgatar a legitimidade perdida?
 
Borges de Paula: Com mais democracia. Não há outro caminho. Como já disse Georges Burdeau, “os males da democracia só se curam com mais democracia”. É maravilhoso vivermos, hoje, num ambiente político estável, com eleições livres e periódicas, baseadas no sufrágio universal, com diferentes partidos políticos, com liberdade de associação e de expressão. Mas isto não basta. Temos de pensar no futuro do nosso País, na nossa juventude que hoje cresce sob o manto da desconfiança interpessoal, num clima de “salve-se quem puder”, com baixo nível de solidariedade comunitária. Como podemos supor que o Brasil atingirá níveis elevados de prosperidade econômica e social se os políticos de amanhã serão estes jovens que assistem, incrédulos e à distância, a nossa política? Temos de pensar no futuro para melhorarmos o presente. Por isso, é necessário mexer com a autoestima dos brasileiros, é fundamental que eles se sintam inseridos na comunidade política. Estou convencido de que as instituições públicas precisam de um choque de transparência e de participação social para aumentarmos esse sentimento de pertencimento e, claro, para reduzirmos os espaços para a corrupção e para os gastos ineficientes. Afinal, como já disse um antigo juiz da Suprema Corte dos EUA, “a luz do sol é o melhor desinfetante”. Esse é o grande desafio que os verdadeiros políticos – aqueles que fazem profissão de fé na democracia – e a sociedade civil terão de enfrentar, juntos, com contumácia e responsabilidade, para que o setor público estatal seja “desinfetado” da cultura do sigilo e da aversão à partilha do poder. Estou curioso para ouvir o discurso da presidente Dilma na Assembleia Geral da ONU que acontecerá em setembro, em Nova York, quando, então, ela e o presidente Barack Obama assinarão uma parceria internacional para a promoção da transparência pública chamada de Open Government Partnership (Parceria para um Governo Aberto).
 
Midiamax: O senhor gostaria de acrescentar mais alguma coisa?
 
Borges de Paula: É verdade que não se aprofunda uma democracia sem um substantivo investimento em educação. Mas, não é menos verdade que a democracia participativa constitui por si só um meio de racionalização inclusiva e eficaz da política, já que a participação do povo no processo de decisões públicas tem um poderoso efeito pedagógico e libertador. Devemos despertar um ciclo virtuoso envolvendo transparência pública, participação e educação. Paralelamente, temos de contar com um controle eficaz do poder legislativo sobre o executivo e sobre as empresas estatais, como o BNDES, cuja musculosa capitalização, como se sabe, advém do Tesouro Nacional, sendo, pois, uma despesa pública que deveria ser inserida no orçamento e apreciada pelo Congresso Nacional. Louvo as iniciativas dos parlamentares que estão se mobilizando para que os títulos do Tesouro sejam inseridos no orçamento de 2012. Louvo, igualmente, a criação do Observatório Social de Campo Grande e de Dourados, bem como a reativação do projeto “Cidade Educadora” em Dourados. O que mais eu poderia dizer a você? Que os Tribunais de Contas Estaduais deveriam ser autônomos, com diferente mecanismo de escolha de seus conselheiros? Que o sistema de escolha do procurador geral de Justiça do Ministério Público Estadual precisa ser revisto? Que a imprensa tem um papel fundamental frente a esses desarranjos institucionais? Que, para inibir a promiscuidade política, é preciso optar-se pelo financiamento público das campanhas eleitorais? Será que é preciso lembrar que os pobres não fazem doações e que as grandes empreiteiras não as fazem sem interesses? Sonhar nos faz caminhar para tornar o impossível menos impossível.

Confira a entrevista na íntegra: http://www.midiamax.com/noticias/761943

Da redação do Midimax
Foto: Amparim Lakatos

Um comentário:

  1. Meus amigos, muito obrigado pela atenção!
    O importante é seguir lutando para uma política pública específica para a juventude... para a promoção de ações comunitárias que aumentem o nível de solidariedade democrática... para a superação dos reiterados problemas gerenciais do poder público... quanto mais pressão, mais acesso real aos seus direitos - art. 227 CF/88...

    Avante!

    Marco Aurélio Borges de Paula
    marcoaurelio@borgesdepaula.com.br

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